Personagens

 Antônia Alves Feitosa

 (Jovita Feitosa)

 

 

Antônia Alves Feitosa (Jovita Feitosa) nasceu 8 de março de 1848, na povoação de Tauá, região dos Inhamuns, no Ceará. Mulata, de feições índia e estatura mediana. Perdendo a mãe aos 12 anos de idade, durante uma epidemia de cólera, foi morar com um tio que residia em Jaicós, no Piauí.

Tomando conhecimento do início da Guerra do Paraguai, resolveu aos 17 anos de idade, escondida do tio, alistar como voluntária com o propósito de vingar a humilhação passada pelos seus compatriotas nas mãos dos paraguaios.

Como o Exército não aceitava mulheres cortou os cabelos, colocou um chapéu de vaqueiro para se apresentar como voluntária da pátria. Apresentou-se ao governador do Piauí, Dr. Franklin Dória (Barão de Loreto) que permitiu o seu ingresso nas forças armadas, na patente de 1o Sargento, indo no dia seguinte alojar-se no quartel. 

Por denúncia de uma mulher foi sua identidade descoberta. Mesmo assim foi incorporada excepcionalmente e, de saiote e blusa militar, com divisa de primeiro sargento. No dia 14 de agosto de 1865, a bordo do "Uruçui" seguiu para Parnaíba (PI) junto com o 2o Corpo de Voluntários sob o comando do Tenente Coronel José Lustosa da Cunha, e a 1a Companhia de Guardas Nacionais Expedicionários sob o comando do capitão Sinfrônio Olímpio de Morais, ambos com uma força de 400 homens à qual foi incorporado 50 praças aquartelados em Parnaíba. Todos recebidos com festa pelos populares e autoridades.
 
De Parnaíba partiram para o Maranhão e ali embarcando no vapor "Tocantins", desembarcando no Rio de Janeiro no dia 9 de setembro de 1865. No Rio de Janeiro foi destaque na imprensa carioca, recebendo discursos, admiração e homenagens de respeitáveis personalidades.
 
Em novembro de 1865 viu seu sonho não ser realizado em vista de ter sida desautorizada através de ofício do Ministro da Guerra. Desiludida resolveu permanecer no Rio de Janeiro, mas sendo uma pessoa ingênua, inexperiente, envolveu-se sentimentalmente com Guilherme Noot, engenheiro inglês, passando com ele a viver na praia do Russel.
 
Sabendo que seu amado retornara ao seu país de origem sem nada comunicar a ela, entra em profunda depressão.
 
Aos 19 anos de idade, em 1867, levada pela depressão e perda do seu amado, cometeu suicídio com uma punhalada no coração.
 
Ficou a lembrança de uma jovem com o espírito de patriotismo e que soube como poucas lutar pela igualdade entre homens e mulheres.

    Fonte : http://www.portaldelta.com.br/v3/index.php?module=colunas&block=coluna&IdGeral=150

 

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